terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Esperar?

Um dos grandes males da minha vida foi esperar. Ou saber esperar. Sou humana (fazer o quê?) e por natureza, sou um ser que vive na expectativa. Que nunca se conforma e sempre acha que precisa de algo novo e diferente pra continuar com a motivação de viver num lugar tão estranho que é esse mundo. Noventa por cento das expectativas são materiais. Infelizmente ainda são.

Com a maturidade, percebi que não adianta tentar inibir as expectativas. E sim, saber esperar saudavelmente. Saber que ‘aquilo’ virá se for necessário mesmo, se for pro seu bem. Saber esperar sem desfocalizar os compromissos e as responsabilidades.

Sem alterar o metabolismo e relógio biológico. Sem esquecer daquilo que já se tem e está bom. Sem esquecer de agradecer aquilo que ainda não se tem. Sem esquecer de ‘tocar o foda-se’ quando realmente necessário.

Autocontrole, fé e fluoxetina. Elementos necessários para manter meu estômago longe das eventuais crises de gastrite. Leitura para me fazer esquecer um pouco de mim mesma, terapia essencial para uma mulher egocêntrica e egoísta. Mimada e imediatista. E o pior, geminiana.

Sofrimento. Ah, sim. Esse é o que vem para ensinar as melhores lições. E esperar a dor passar tem sido fator básico para meu amadurecimento.

Não espere por milagres. Nem acredite neles.

Não espere nada de ninguém. E não ache o tempo todo que as pessoas esperam algo de você.

Espere que tudo se ajeita. E se não se ajeitar, espere. Cedo ou tarde, você entenderá por quê.