quarta-feira, 30 de novembro de 2011

2011, o ano que eu li

Escolhi esse ano para ler. Foi um ano que eu esperava ter há muito tempo. Desde os tempos dourados da faculdade de Letras. Uma pena que naquele tempo eu lia mais por obrigação do que por prazer. Ironias da vida.

Decidi conhecer mais de perto algumas figuras femininas que sempre admirei. As biografias de Madonna (Lucy O’Brien), Oprah Winfrey (Kitty Kelley), Clarice Lispector (Benjamin Moser), Emily Dickinson (Judith Farr) e Só Garotos (Patti Smith) me serviram de prato cheio pra manter minha postura ‘alternativa e indignada’. Todas elas são/eram. E todas mereceram uma biografia. Me deram ótimos argumentos pra continuar não querendo ser igual à maioria. Surpreendentemente, decidi ler sobre a vida de Steve Jobs (Walter Isaacson). Mais um filho-da-puta-gênio que eu vou agradecer o resto da minha vida. Juntamente com todas as mulheres que citei acima.

Todos sabem do meu interesse pelo universo beat. Kerouac me fez companhias por diversas manhãs e muitas noites silenciosas com as obras: Cidade Pequena Cidade Grande, On The Road, Viajante Solitário e Os Subterrâneos.

Também consegui dividir um pouco do porre, da sacanagem, grosseria e poesia de Chales Bukowski. Hollywood, Mulheres, Pulp e Crônicas De Um Amor Louco me deixaram bêbada. Ainda me curo da ressaca que é lê-lo.

Dentro da variedade literária da doutrina Espírita, esse ano escolhi Direito de ser feliz (Eliana Machado Coelho/Schellida), aprendi muito com Missionários da Luz e No mundo maior (André Luiz / Francisco Cândido Xavier) e me emocionei com Há dois mil anos (Emmanuel/Francisco Cândido Xavier).

Alguns livros me fizeram suspirar e chorar em público. As Ponte de Madison (Robert James Waller), O Mundo Pós-Aniversário (Lionel Shriver), Cartas à um Jovem Poeta (Rilke), Travessuras da Menina Má (Mario Vargas Llosa) e O Diário de Anne Frank, por exemplo. Alguns livros me deram cólicas. Antes Que Anoiteça (Reinaldo Arenas), Angústia (Graciliano Ramos), Perfume (Patrick Suskind) e Porque Não Sou Cristão (Bertrand Russel), por exemplo.

Com A Intimação (John Grisham), eu perdi meu tempo.

De Clarice Lispector absorvi e rabisquei milhares de frases de efeito para eventuais necessidades: Um Aprendizado ou o Livro dos Prazeres, A Paixão Segudo G.H. e Perto do Coração Selvagem.

Com Clarissa (Érico Veríssimo), eu sorri. E pisquei meus olhos muitas vezes durante a leitura. Eu pisco muito os olhos quando estou alegre.

Ainda há um mês pela frente. Planejo encerrar o ano sincronizando a literatura com meu momento atual. Lerei Anais Nin.