sábado, 5 de abril de 2014

Sobre as turbulências

Admito, aceito, decido. Todos os minutos, um atrás do outro, tudo é uma decisão. O que farei dos meus próximos 10, 30 dias? E assim venho vivendo. Assim venho decidindo essa atribulada forma de ver isso que, às vezes, chego a chamar de vida.
Disseram-me esses dias que eu tenho uma forma só minha de enxergar as coisas. Queria enxergar como a grande maioria. Sofreria menos, decidiria menos, acho que até viveria mais. Me preocuparia menos, pelo menos.
Eu vejo arte em tudo. Nos enquadramentos que meus óculos escuros me proporcionam, nas músicas que a paz dos meus fones de ouvido me trazem. Nos passos que meus tênis vermelhos dão. Não é por mal. Minhas escolhas me fizeram assim.
Preciso de enquadramentos, de paz e de chão. Preciso de uma longa estrada, pra voltar a acreditar no futuro. Queria, dessa vez, alguém pra ouvir e sentir o silêncio e o vazio do meu lado.

Decido, admito e aceito.
Esse mundo não é pra mim.