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Parada, olhando para aquelas flores que acabavam de
florescer, naquele jardim onde sentou e pensou ao longo do ano todo e observou
as mudanças de cores, de cheiros, de horas e de pessoas. Sabia que de tudo que
deixava pra trás, aquele jardim seria um dos lugares de que mais sentiria
falta. Salvo algumas pessoas da sua família e algumas criaturas gentis do seu
convívio, nada mais importava. A falta de vida do ser humano ao seu redor lhe deu o impulso de viver. Nada acontece por acaso.
Ele se aproximou e perguntou seu nome. Ela preferiu não
responder. Ele insistiu e ela disse um nome qualquer. Não o seu. Ele perguntou
o que ela fazia. Por impulso, quase respondeu. Mas sabia que não era mais aquilo.
Respirou fundo e disse: ‘sou viajante’. Ele sorriu e se afastou até desaparecer
de sua vista. Ela elevou seu pensamento, olhou para as flores e disse ‘adeus’.
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