sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

O que reflete a alma - ensaio sobre as gratuidades

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Parte 2 - do ódio

O ódio mata, dizem os orgulhosos. O ódio mata, dizem os vaidosos. O ódio mata, dizem os egoístas. O ódio impulsiona, dizem os que amaram demais. O ódio faz perguntas sem respostas.
O ódio nada mais é do que uma admiração cúmplice e testemunha do amor. A inveja é o resultado. A morte é opcional.

Odiamos quando não entendemos. Odiamos quando não absorvemos a admiração alheia. Odiamos quando não conseguimos sair do lugar. O ódio gera preconceito. Preconceito é medo. Medo do desconhecido. Seria o ódio ainda um desconhecido?

Antagonista ou arquiteto do amor? Planejador de sonhos. O sonho de deixar de sentir esse ódio ou o plano de destruir quem você odeia? O ódio é opcional. E é necessário. Para que, dentro das lições, das colheitas, das plantações e dos resultados, possamos transformá-lo em desprezo primeiramente, depois em piedade e por fim, em amor. Amor próprio suficiente para não sentir mais esse ódio que você escolheu sentir de alguém, de algo ou de alguma situação.

Quem te odeia normalmente ignora a razão de tantos te amarem.
Quem você odeia precisa do seu amor próprio para aprender.

O que te faz odiar? Você odeia tudo aquilo que você inveja.
O ódio é a inveja mascarada.
O amor é a admiração silenciosa.
O ódio te faz amar. Mesmo que você não queira. No fim, em mil anos, o ódio terá se transformado em amor. Porque um depende do outro.

Do que você depende?


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