Eu vi gente muito jovem indo embora, eu entendi que sim, um
dia tudo acaba. Eu vi que o dinheiro parado no banco não é necessariamente um
dinheiro ganhado. É dinheiro perdido. Porque eu acho que o dinheiro não é
válido lá nas colônias espirituais, eu ainda não li em nenhum livro do André
Luis que tem um caixa eletrônico do Itaú lá no Nosso Lar. Então eu aprendi a
trocar. Eu deixo de fazer certas coisas, pra poder fazer outras. Mas definitivamente parei de trocar tudo simplesmente pra ter dinheiro parado no banco. É simples.
Eu deixei de almoçar fora durante um ano. Passei a comer
sanduíches frios sozinha na minha sala. Troquei por algumas viagens, com todas
as regalias possíveis. Eu deixei de pegar metrô, passei a acordar mais cedo e
sofrer o que um trabalhador que pega 5 ônibus por dia sofre. Mas quando eu via
o sol nascendo todos os dias, enquanto estava de pé naquele lugar apertado e
abafado, eu pensei em todos os horizontes que meus olhos já haviam visto, nos
mares, oceanos, rios e matas que pude observar ao longo das minhas viagens.
Troquei sapatos e roupas por livros, cabeleireiro por
passagens aéreas – meu cabelo está comprido, e não é porque eu gosto dele
assim.
E confesso, acabei de fazer uma troca gigantesca na minha
vida. Daquelas que dão muito medo à princípio, mas que o universo calmamente
vai me mostrar que foi o certo. Daquelas que mudam o curso de nossa vida e nos
fazem entrar em ciclos novos, rotina e horários novos.
Engraçado que quando o ano de 2012 se apresentou como ‘o
pior começo de ano da minha vida’ eu não imaginava que eu conseguiria mudar
isso de forma tão bem sucedida. Eu troquei o pior pelo melhor. Troquei tudo e
deu certo.
Portanto, se esses forem os últimos dias da humanidade,
saibam que eu, Regina Sato, vivi o melhor ano da minha vida e fiz tudo aquilo
que eu quis fazer.
Caso o mundo não acabe, troque tudo em 2013. Finja que é um
mundo novo.
Trocar de vida é possível. E é bem divertido...
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