sábado, 13 de setembro de 2014

Sobre a Palavra


Palavras ditas no calor das emoções são normalmente palavras impulsivas, cheias de consequentes arrependimentos e meio-sorrisos. Palavras escritas são normalmente frias, pensadas e calculadas. Repensadas e recalculadas. Exatamente como estas que escrevo agora.
Pensadas e repensadas. Escritas e reescritas. Editadas e reeditadas. Ditas e soltas ao mundo.
Se elas estão indo ou vindo, já não importa. Elas já estão lá. E não há mais nada a fazer quanto a isso. Todas as cartas estão na mesa. O que fazer com elas? Ainda tentar ganhar alguma coisa em um jogo cheio de desperdícios e falta de comunicação?  Aceitar que perdeu e seguir de cabeça erguida? Qualquer decisão seria mais uma perda de tempo. Tempo esse que já não tenho mais. Tempo esse que já passou.
Fazer as malas e limpar o armário. Fechar mais um ciclo e recomeçar. Sem medo, vergonha ou orgulho.
Buscar ou fugir, tanto faz.

As portas se abrem novamente e o cheiro de estrada já começa a entrar nesse novo cenário. Anônimos e leitura. Fotografias e arte.
Vida.
Deixo minha provável última palavra aqui:

 “Gratidão.”

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