Já tenho conhecimento suficiente pra entender isso. Hoje em
dia, minha fé inabalável me dá o conforto e a certeza de que não há motivos pra
chorar.
Mas eu me permito sentir. Tudo o que for necessário. Lembrar-me
de você é rir, chorar, rir de novo e chorar de novo. Não conseguiria contar quantas
vezes você me fez rir. Quantas vezes você me escutou. Quantas vezes você voltou
das suas viagens com uma caixa de presentes pra mim. Não conseguiria dizer qual
o melhor passeio, a melhor comida, o pior mico, a pior música que cantamos nos karaokês. Nem se passasse o resto da minha
vida tentando lembrar tudo eu conseguiria. Porque você entrou na minha casa
ainda adolescente. E cresceu do meu lado. E mesmo quando o destino não quis
mais que você fosse da minha família, você continuou lá.
Que privilégio ter te conhecido. Quantas lições que você deixou.
O sarcasmo e a ironia incomparáveis. O humor ácido que me fez te admirar cada
dia mais.
Eu me permito agradecer. Por ter te conhecido.
Eu me permito dizer que te amo.
Não me permitirei jamais dizer adeus. Apenas um até logo.
Nada é nunca mais.
Débora Parisi
07/12/83 - 14/05/16
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