Um rapaz de 25 anos que mora sozinho num apartamento quase
vazio me indicou esse livro. Indicou fervorosamente, dizendo que leu em duas
horas. “É novo, tem cheiro de novo. É gente boa que apareceu por aqui.”
Li a sinopse e constatei que a história era de um rapaz, que
mora sozinho num apartamento quase vazio. “Alter-ego”. Tudo bem. Gosto de
conhecer mais profundamente meus amigos. Principalmente os mais estranhos.
E foi assim que conheci Daniel Galera. Um jovem escritor,
consequência de um existencialismo que só fode a vida da gente.
“Até o dia em que o cão morreu” nos mostra inicialmente um
escritor ‘filho’ de Lispector, pois a base da busca é a mesma que encontrei em
Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres, e de Bukowski (sua bebedeira, sua
gastrite e seu descaso com a vida).
Um livro perfeito pra essa nova geração de compartilhamentos
facebookianos. Peneira idéias longamente discutidas, dissertadas e narradas por
pensadores ao longo da literatura moderna e as vomita em um livrinho curto e
simples que dá pra ler entre um joguinho e outro na internet.
Recomendo.
P.S. Ele não foi.
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