Ler pela primeira vez F. Scott Fitzgerald sabendo que a obra
em suas mãos é a mais aclamada do autor e está na lista das 100 melhores obras
da história da literatura é um misto de desafio, excitação e medo. No meu caso,
acrescento um grau maior de excitação e ansiedade, uma vez que foi o único
presente de Natal que ganhei esse ano, de mãos que me disseram: “você vai me
conhecer.” Foram 12 horas praticamente ininterruptas de leitura ao som de uma coletânea
de Duke Ellington, um maço de cigarros, dois litros de água e uma dor nas
costas.
Uma obra-prima. Um clássico que leva o leitor dentro de círculos
da aristocracia da década de 20, te faz passear por jardins que mais parecem
pinturas de Monet e circular por festas esplendorosas onde os pequenos diálogos
nos apresentam uma sociedade em construção. Tudo isso oferecido por um homem
misterioso e cheio de segredos do passado.
Fitzgerald nos coloca como ouvintes de amigos de amigos de
Jay Gatsby. Somos apenas sabedores do que estes sabem. Talvez tenha matado
alguém, talvez tenha roubado, talvez tenha estudado em Oxford. E tudo se
mistura na narrativa de Nick Carraway, um solitário vizinho que se torna íntimo
de Gatsby e ao mesmo tempo, nos deixa a par de quem ele é.
Um sonhador, um homem que amou, ama e amará apenas uma única
mulher em sua vida. Um homem que faz de tudo pra evitar problemas. Um jogador
predestinado.
Agradeço imensamente as mãos e a delicadeza de quem me deu
esse livro há uma semana e me proporcionou horas de prazer literário e físico. À
minha intuição de nunca ter quisto assistir nenhuma das três produções
cinematográficas feitas ao longo da história e à Fitzgerald, pela obra, claro.
Não recomendo a todos. Um clássico é pra poucos.
Experimentem e me digam o que acharam.
Título: O Grande Gatsby
Autor: F. Scott Fitzgerald
Paginas: 204
Editora Geração
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