domingo, 1 de dezembro de 2013

Hoje

Hoje, por mais tarde que ele levantasse, ainda era muito cedo.

Hoje, por mais abertos que fossem os espaços, tudo ainda era muito pressivo.

Hoje, por mais verossímeis que fossem os sonhos, tudo seria uma decepção.

Hoje, mesmo com uma tarde agradável, ele queria a noite.

Hoje, mesmo que tivesse tudo, nada lhe bastaria.

Hoje, se ele tivesse coragem, certamente morreria.

Texto de Marcelo Ramos

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